O Japão ganhou um novo fã!
Só aqui vindo é que uma pessoa se apercebe do evoluído, sofisticado e
principalmente desenvolvido que é. Passou a ser dos países que mais gostei de viajar.
Durante 12 dias, estive a viajar pelo centro e sul do Japão, conhecendo um
pouco de tudo, com especial foco nas duas principais ofertas que o Japão
apresenta - as cidades e as aldeias onde ficam os templos.
Nestes 12 dias, tive o enorme prazer de ser acompanhado pela minha Mãe. Foi ela quem
me proporcionou practicamente tudo o que tenho, e se hoje em dia estou a ter
esta oportunidade é pela educação e preparação que ela me deu. Por isso foi
um luxo e uma bênção poder fazer esta parte da viagem com ela.
De comboio, percorremos quase tudo e vimos um dos mais incríveis países que
há para ver.
Tudo o que acontece no Japão aparenta ser bem feito, de forma quase mecânica:
As estradas circulam bem; o sistema de transportes funciona às mil maravilhas,
mesmo em horas de ponta não atrasa nem um minuto; é um país extremamente seguro; e a comunicação entre os
turistas e os locais é óptima. Os japoneses são as pessoas mais prestáveis que
alguma vez conheci:
Por exemplo, quando estávamos no meio da rua com um ar perdido ou a ver o mapa, aparecia sempre alguém que se ofereceria para
nos ajudar sem sequer termos que pedir. Em todo o lado onde perguntávamos informações, quer fosse uma loja, um restaurante ou uma pessoa na rua, desdobravam-se em esforços, tinham mapas preparados e até nos
acompanhavam onde quiséssemos ir.
Uma verdadeira simpatia de povo, diferente da grande maioria.
Como cultura, o Japão é também um país muito particular. Os hábitos e os gostos são completamente diferentes dos nossos, apesar de aqui o Ocidente estar na moda.
Aqui, o principal hobby é ir a salas de Pachinko, um “casino” com
milhares de máquinas de uma espécie de pinball vertical em que os Japoneses são
viciados. As máquinas fazem um barulho ensurdecedor a acompanhar música.
Juntando 2 ou 3 mil destas máquinas com mais um tanto número de pessoas a
fumar desalmadamente, dá para imaginar o ambiente dentro destas salas.
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Salas de Pachinko (estas 2 fotografias encontrei no Google, não são minhas) |
Entre
os mais novos, o principal passatempo é também ir a salas de jogo, mas neste caso jogos de consola. Só que ao
contrário das nossas salas de jogos, aqui elas são prédios de 5, 6, 8
andares, todos cheios de máquinas para todos os gostos! Tanto estas
salas como as salas de Pachinko, existem mais nas grandes cidades.
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Jovens a jogar |
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Um urinol na sala de jogos tem um jogo que mede a quantidade de xixi e dá prémios se for muita! |
O Japão têm uma das mais pequenas taxas de crime do Mundo. Qualquer loja deixa os seus produtos do lado de fora onde seriam facilmente roubados, mas ninguém os tira. Nunca foi preciso ter cuidado com as nossas coisas.
Uma das coisas estranhas que reparei no povo japonês foi o tipo de compras que fazem. Para além das
lojas clássicas, iguais às que se vê na Europa ou Estados Unidos, e de um número
astronómico de lojas de electrónica, eles aqui têm, por todo o lado, lojas de
brinquedos, peluches e coisas desse género. Estas lojas em qualquer lugar seriam para crianças, mas aqui só se vê adultos! Parece que têm um fascínio e quase um fetiche por brinquedos e coisas infantis.
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Adultos nas compras numa loja de brinquedos |
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Até os anúncios são infantis |
Em
alguns bairros, vêm-se também aquilo que eles chamam de “maid cafés”. São cafés quase normais,
tirando o facto de serem servidos por raparigas vestidas de empregada, iguais
aos desenhos animados japoneses.
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Promotora de um dos Maid Cafes |
O
quotidiano no Japão actua, como disse, um motor. Cada um circula na sua
direcção, faz o que tem a fazer, e todos formam uma civilização que parece
programada, quer seja numa cidade agitada ou numa vila pacata, e nada parece
conseguir disturbar o bom funcionamento e a normalidade desse motor.
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Os Japoneses vivem programados e parecem fazer tudo certo |
Quando
tentei negociar qualquer coisa, reagiram como se nem fosse possível eu estar a
fazer aquela pergunta; quando tive que resolver um problema com um bilhete de
comboio, pareciam não conseguir dar a volta à situação. Várias ocasiões nos fizeram concluir que apesar de ser um país
super-desenvolvido, o facto de serem, como disse, programados, não lhes permite
pensar fora da caixa nem serem desenrascados.
Foi
com esta mentalidade simples que se tornaram numa das principais potências mundiais, e são sem dúvida o mais desenvolvido país que conheci até agora. E também o mais eficiente!
Por
todo o lado se está perante tecnologia de ponta. Desde carros eléctricos aos
ecrãs gigantes de alta definição usados para publicidade nos prédios, centros
comerciais e na rua em vez de simples painéis.
Grande parte dos restaurantes não têm empregados, porque usam umas máquinas em que se faz o pedido e se paga. Depois entrega-se a senha da máquina ao cozinheiro, e ele prepara a comida e avisa quando estiver pronta.
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Uma das máquinas e balcão do cozinheiro
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Em todas as cidades é proibido fumar, existem zonas próprias para fumadores, longe do resto das pessoas!
Toda a construção das cidades
está preparada para catástrofes naturais. Reparámos que todos prédios têm
um espaço entre eles para o caso de um ruir, não trazer o outro abaixo consigo.
Outro tópico engraçado - as casas de banho são quase todas equipadas com a mais moderna tecnologia. Até nas estações de metro as retretes tem o banco aquecido, tampo eléctrico e um bidé automático. Os lavatórios muitas vezes têm secador incorporado.
O Japão é o destino perfeito para quem gosta de comer, e especialmente de
experimentar comidas diferentes. Enquanto que o Sushi é o seu prato mais
conhecido, não é o mais popular. Aqui
encontra-se, consoante a região, uma enorme variedade de pratos originais que
vão dos Noodles (no país todo) ao Okonomiyaki, uma espécie de omelete com
vegetais e carne ou peixe que é típico do sul; do porco, peixe e marisco panado ou em
tempura; ao bolo de carne cozido, espetadas de peixe, bolas de massa com polvo, e
obviamente também muito sushi. Mas este Sushi não tem nada a ver com o nosso, aqui é baseado em nigiris, sashimis e rolos básicos. Se eles soubessem que pomos philadelphia ou fritamos os rolos iam dizer que estamos a estragar a comida deles!
Para sobremesa pode encontrar-se desde bolacha
frita (literalmente doce por dentro, frita por fora) ou gelado de chá verde. Comemos tudo e gostámos muito de todos eles!
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BBQ Japonês |
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As montras dos restaurantes têm os seus pratos embalsamados
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Bolas de polvo em massa feitas pelos "artistas" de Takoyaki |
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Sushi pronto em qualquer supermercado no país |
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Sushi fresco |
Em termos de transporte, a melhor maneira de conhecer o Japão é de comboio. Têm um sistema de comboios de
alta velocidade ultra moderno que atravessa o país todo e, sendo estrangeiro, é
possível comprar um bilhete com o qual se pode fazer viagens ilimitadas nesta rede.
12
Dias chegam perfeitamente para conhecer o principal no país. Nestes 12 dias
fomos uns autênticos turistas, de máquina ao peito, a querer conhecer tudo e
mais alguma coisa.
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O comboio de alta velocidade, que viaja a 320km/h |
A altura em que fomos ao Japão é uma das principais para os Japoneses: trata-se da semana da Golden Week, semana em que todos estão de férias, e da época das Cherry Blossom, quando as cerejeiras e a maioria das árvores começa a florescer. Este acontecimento leva milhões e milhões a deslocarem-se pelo país fora só para ficarem sentadas a ver as flores e as folhas das árvores nascer.
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Uma cerejeira em flor |
TOKYO
A
nossa viagem começou em Tóquio, capital do Japão.
É
uma cidade completamente louca – uma confusão de gente, de luzes e barulho mas
que apesar disso, como todo o país, funciona como um relógio suíço. Tudo corre
fluidamente, sem distúrbios e de forma perfeitamente organizada. O seu povo, também como em todo o país, é muito simpático e acolhedor.
De
noite é uma loucura ver os prédios iluminados e de dia cansa só ver as pessoas
correr de um lado para o outro.
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Tudo o que é moderno, é incrível! |
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O Japão é uma espectacular combinação entre o moderno e o antigo |
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A Torre de Tóquio, que foi inspirada na Torre Eiffel
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A presença de publicidade todo o tipo de imagens do Cristiano Ronaldo tem sido notória em todo o Mundo. Aqui ficam dois anúncios em plenas ruas principais de Tóquio
Um
dos pontos altos do Japão foi a passadeira de Shibuya, a mais movimentada
passadeira que alguma vez vi. A cada minuto, milhares e milhares de pessoas
atravessam a rua e depois, quando o sinal muda, fica tudo calmo,
parado. Ficámos horas a olhar para a passadeira de vários ângulos, incluindo no
meio da confusão. Durante estas horas, e no sítio que pensei ser mais
improvável de todos, consegui encontrar amigos Portugueses que não via desde 2012 na Austrália, e também me deparar com uns Japoneses
cheios de bandeiras de Portugal, que estavam a gravar um anúncio para a Galp.
Parece que comigo acontecem sempre todas as coincidências possíveis.
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O meio da selva
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De repente, no meio de Shibuya, apareceram estes Japoneses com bandeiras de Portugal! Estavam a gravar um anúncio da Galp |
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Outro
sítio muito particular e um dos que achei mais interessantes e divertidos em Tóquio foi o bairro de Akihabara, um bairro totalmente dedicado a electrónica, jogos, brinquedos e tudo o que de infantil os Japoneses têm. Este bairro é uma
autêntica cidade de crianças adultas, é aqui onde se vê mais deste curioso e único cenário que descrevi.
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Tudo aqui é apontado ao lado infantil das pessoas |
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Espadas e material de samurai à venda |
Não são só arranha céus, bairros movimentados e confusão a compor a cidade, Tóquio tem também uma data
de espaços verdes, enormes e cuidados como tudo é feito no resto do país. Estes jardins e parques são dos pontos preferidos dos Japoneses, que ali gostam de relaxar e admirar os jardins e plantas (eles fazem mesmo isso!). Para nós, foi giro observar o cuidado com que eles
fazem cada coisa, os jardins são autênticas obras de arte e um óptimo sítio para descansar um bocadinho.
Uma
experiência a não perder (obrigatória mesmo) em Tóquio é o mercado do peixe, onde todos os dias de madrugada há um leilão de atum. Para ir a este leilão, tivemos que nos levantar às duas da manhã e tentar ser uma das primeiras 120 pessoas a chegar. Apenas estas 120 são autorizadas a assistir. O
leilão em si é uma loucura: são 6 homens loucos a gritar e a gesticular ao mesmo tempo, e cada um é responsável pelo seu
grupo de licitadores e centenas de gigantes atuns deitados no chão à espera de
serem vendidos.
No fim do leilão, tomámos o pequeno almoço no mercado: um fantástico prato de salmão e atum com arroz, ou seja Sushi, às 7 da manhã.
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Compradores a avaliar o produto
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Durante o leilão |
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O maior mercado de peixe do Mundo |
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Pequeno Almoço |
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Uma coisa que nunca tinha visto: umacarrinha a circular com peixe vivo |
MONTE
FUJI
O Monte Fuji é a
maior montanha no Japão e um dos símbolos mais conhecidos do país.
É um vulcão activo, visto pelos Japoneses como um lugar sagrado. Aqui fazem-se não só caminhadas como peregrinações também. Mas, para nós, foi um local bonito de visitar, pela
beleza natural do vulcão e dos pontos e lago que o envolvem, não foi muito mais do que isso. Um check na viagem, que vale a pena vir fazer.
KYOTO
Kyoto
é a cidade dos templos. Apesar de ser uma cidade bastante desenvolvida,
conseguiu manter intacta grande parte da sua história e por onde quer que se
ande, é impossível não nos depararmos com os inúmeros templos típicos Japoneses que são incríveis obras. Por isso, é das cidades mais bonitas e interessantes. A maioria dos
templos no Japão são relativamente parecidos, mas não existem como estes em
mais lado nenhum, por isso é muito fácil aproveitá-los um a um!
Um
deles, o que mais gostei, é o Pavilhão Dourado, um brutal templo totalmente coberto de
folha de ouro envolvido por um gigante jardim.
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Estamos em todo o lado - de Portugal para o Mundo |
Um dos
sítios que tinha mais curiosidade de ver, e que acabou por ser um dos melhores na minha opinião foi a floresta de Bamboo em Kyoto – a
Bamboo Grove. É uma floresta cheia, cheia de bamboos com um caminho no meio. A
quantidade de bamboos cria um efeito incrível, parece vindo de um filme ou de um National Geographic. Um dos sítios mais únicos em todo o Mundo e sem
dúvida um dos pontos altos de toda a viagem, por ser um local diferente de tudo, que
provavelmente nunca voltarei a ver em mais lado nenhum.
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A caminho |
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No meio da floresta
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Kyoto
é a cidade original das Geishas – aquelas mulheres Japonesas muito conhecidas, criadas e
formatadas para servir e entreter os homens, que usam aquelas vestimentas
típicas e usam a maquilhagem branca. Vimos muitas destas mulheres, apesar de não
termos tido a oportunidade de conhecer nenhuma.
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Kyoto foi o único sítio onde choveu |
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Lago em Kyoto |
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Templos imponentes por toda a cidade |
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Outro templo - o Pavilhão Prateado |
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Por dentro de um dos templos |
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Até nos templos os japoneses são agarrados à tecnologia |
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Ruas remotas de Kyoto |
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Portugal em todo o Mundo |
NARA
Nara é uma pequena terra (com 300,000 pessoas) perto de Kyoto que é também conhecida por causa dos seus templos e pagodes. Disseram-nos que tinha uma história muito
rica e até já foi a capital do Japão há 1300 anos. Nara é também conhecida por ter centenas de milhares de veados em toda a parte.
Nesta terra fizemos apenas uma curta visita aos dois principais templos, um dos quais era um gigantesco templo de madeira, construído sem qualquer parafuso, onde está
erguido o maior buda sentado do Mundo.
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Welcome to Nara |
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O pagode de 5 andares de Nara |
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Geishas |
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Gentle man - homem gentil |
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A cultura e tradição estão presentes em qualquer rua no Japão, especialmente à volta de Kyoto |
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O gigante templo de Nara |
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As estátuas enormes no templo de Nara
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O buda dentro do templo |
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See you later |
OSAKA
Depois
de Nara, fomos para Osaka, outra das principais cidades do Japão. Tal como
Tóquio, Osaka é uma verdadeira loucura de cores, luzes, barulho e arranha-céus.
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A melhor vista de Osaka |
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Pôr do sol |
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Espectadores de um espectáculo de música |
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Os estreitos carros muito vistos Japão |
Osaka é Tóquio têm practicamente as mesmas características e particularidades. Mas, ao
contrário do que se passa na capital, Osaka parece ser mais selvagem, mais
desorganizada. Aqui cada um veste-se como quer e faz o que quer. É uma cidade
com bastante influência Americana e é aqui que se vê os carros “tuning”, as
motas a acelerar e tudo aquilo que imaginamos quando vemos um filme de
gangsters japoneses. É aqui que está concentrada a rede mafiosa Yakusa, que
adorava mas não consegui conhecer nem sequer chegar perto de nenhum membro.
A cidade tem um bairro muito conhecido, onde se concentra toda a noite da cidade. Este
bairro, Dotombori, tem inúmeros restaurantes e bares, e é onde se pode provar a
melhor comida de rua do Japão. Neste bairro já se vê lixo no chão, pessoas com
pior aspecto e prostitutas na rua. Apesar disso, é um bairro muito seguro e com
uma energia contagiante.
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Os restaurantes constroem peças gigantes daquilo que vendem |
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Um "fi lho da mãe" qualquer inglês teve a lata de fazer pasteis de Nata, iguais aos nossos, e dizer que são uma receita original dele, dando até autorização para as lojas o venderem. Chamou-lhes "Lord Stow's Original Egg Tart" e diz que são "Famous all around Asia" Se alguém o quiser processar, eu ajudo! |
Osaka
tem um brutal castelo que parece também vindo de um filme. Como sempre, tive a
sorte de no dia em lá estive estar a decorrer um festival que demonstrava como lutavam
os guerreiros Japoneses e samurais dos tempos antigos.
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Castelo de Osaka |
Foi em
Osaka que experimentámos Fugu Fish, ou Peixe Balão, um peixe que pode ser perigoso
e pode até matar se não for devidamente preparado. Felizmente não aconteceu
nada e sobrevivemos para contar a história. Comemos fugu em sashimi, frito,
grelhado e até cozido na sopa.
Valeu
a pena, pois era, além de perigoso, bastante bom.
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O Fugu preparado de várias maneiras |
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Um casamento tradicional Japonês |
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Fim da tarde em Osaka |
No
dia seguinte, fomos a Kobe.
KOBE
Ir a
Kobe serviu para cumprir um objectivo específico: Provar Kobe Beef! O Kobe Beef
é conhecido em todo o mundo. Já toda a gente ouviu falar das vacas que são massajadas, alimentadas com muitos cuidados e que bebem Sake (vinho Japonês). Este tipo de criação começou aqui em Kobe, daí a sua
carne ser chamada Kobe Beef. Se alguma vez comerem carne Kobe fora do Japão, não é o original, mas sim Kobe-style beef, que tenta ser parecido. O original ainda só é exportado para Macau e muito raramente Estados Unidos
Já
tinha comido esta carne (o Kobe-style) em Portugal e tinha adorado, mas agora experimentei na origem e posso
dizer que não há uma única carne que já tenha provado, nem na Argentina que tem a melhor carne do Mundo, que se compare a esta. É sem dúvida a melhor que já provei pelo sabor, e textura. Acreditem, é a melhor carne de sempre!
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Visita a Kobe |
SHIRAHAMA
No
Domingo, dia da Mãe, decidimos procurar uma praia que fosse perto o suficiente
para irmos. Encontrámos uma terra chamada Shirahama, que fica a 1h30 de Osaka.
Trata-se de uma pequena aldeia com uma baía incrível de areia branca e água azul
turquesa. Sabia que o Japão tinha praias boas, mas não estava nada à espera de
encontrar uma tão paradisíaca tão perto. Estamos na primavera, por isso não
estava assim tanto calor e a água estava fria, mas mesmo assim foi óptimo
passar este dia com a melhor companhia na praia, no Japão!
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Mesmo na praia os Japoneses gostam de usar máscaras |
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A Rainha do dia! |
HIROSHIMA
Estar em Hiroshima fez-me alguma confusão. Impressiona estar numa cidade
que há umas décadas foi completamente pulverizada e quase toda a população foi
morta nesse dia.
Depois do ataque da bomba atómica, a primeira na história, conseguiu recompor-se devido à força incrível dos sobreviventes, e hoje em
dia tornou-se numa cidade moderna. Tudo funciona bem e a população aparenta ser
feliz, como se nada se tivesse passado.
Para impedir que as pessoas se esqueçam do que aconteceu, foi deixado um dos
únicos edifícios que resistiu ao ataque, intacto no mesmo estado em que ficou.
Foi também construído um museu que conta toda a história, bem como inúmeros
memoriais.
Foi a ida ao museu o que mais impressão me fez. Lá, está relatada ao pormenor
toda a história, as razões que levaram ao ataque e as consequências deste. As
consequências foram pior que trágicas: 180.000 pessoas morreram, outras tantas
ficaram afectadas pela radiação e ou morreram pouco mais tarde ou tiveram
graves problemas de saúde para o resto vida e practicamente toda a gente ficou
com a família desfeita.
São muito poucas as pessoas que sobreviveram a esse dia e ousam falar sobre
ele.
No museu vê-se fotografias de pessoas queimadas, roupas e objectos que
aguentaram, histórias de familiares, até estranhas partes de corpo que cresceram nos
sobreviventes devido à radiação, entre muitas outras coisas que chocam qualquer um que lá
entre.
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Atomic Bomb Dome - o único edifício que se mantém intacto desde o dia do ataque |
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Hiroshima antes e depois do ataque, apenas resistiram aqueles edifícios junto ao rio |
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Uma réplica exacta da bomba que mudou a história do Mundo |
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Roupas de uma criança que morreu nesse dia |
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Partes do corpo removidas a pessoas depois de crescerem do nada devido à radiação |
O museu está inserido num parque, todo ele dedicado ao ataque da bomba atómica em 1946. Neste parque, foram também erguidos inúmeros memoriais e placas dedicatórias.
No meio dos memoriais, está um monte onde foram depositadas as cinzas de mais de 70.000 pessoas cujos corpos não conseguiram ser identificados ou não foram "reclamados"! É um choque gigantesco ver este monte e saber o que representa. Um espaço tão pequeno com uma carga emocional enorme.
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O Parque |
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Dentro desta pedra está a lista com o nome de toda a gente que morreu |
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Neste pequeno monte estão depositadas as cinzas de 70 mil pessoas, incrível... |
Esta visita foi para mim um verdadeiro abre-olhos. Estando longe é fácil não nos envolvermos nestas
tragédias nem pensar como deve ser nelas. Mas vir aqui foi uma grande chamada de atenção.
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Portugal Around the World em Hiroshima |
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Neste dia houve um festival da cidade com danças e desfiles pela rua, do estilo Santos Populares |
MIYAJIMA
A sul de Hiroshima fica o nosso último destino nesta grande viagem pelo Japão.
Miyajima é uma pequena vila numa ilha acessível apenas de barco, que é
conhecida por Torii, um portão tradicional Japonês construído dentro de água e que é um dos principais marcos
turísticos do país. A Torii do Itsukushima Shrine, como se chama, foi construida inicialmente no século 6, destruída várias vezes e a actual está de pé desde o século 16. Esta Torii serve simbólicamente para separar a ilha, supostamente sagrada, do Mundo comum. Nesta ilha não podem haver partos nem mortes, pelo que não são aceites mulheres grávidas de muitos meses nem pessoas extremamente idosas ou doentes.
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Torii Gate |
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Vista de terra |
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Com maré vazia |
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O Pagode de Miyajima |
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Comida de rua típica - Ostras grelhadas |
A ilha, especialmente por este portão, atrai milhões de
turistas de todo o mundo. É uma visita engraçada, recheada de simbolismo, só que gostei mais
do que fizemos durante o resto do tempo nesta ilha: em Miyajima, em vez de
ficarmos a dormir num hotel, ficámos a dormir num Ryokan, um hotel típico
Japonês. Num Ryokan, o chão dos quartos é feito em tatami e as camas são pequenos colchões no chão; não se pode usar
sapatos em todo o edifício e quase todos os Ryokans têm uma Onsen ou um Public
Bath, que são termas de água quente, onde se relaxa e faz tratamentos. Fizemos tudo!
Foi
uma experiência muito engraçada ficar num destes Ryokans, recomendo a quem for ao Japão.
Neste dia, aproveitei
também para comer um pequeno almoço Japonês, que incluía salmao grelhado, peixe
frito, sopa de ameijoa, omelete e tofu cru. Não podia deixar de comer uma destas
refeições típicas, que apesar de ter sido às 7.30 da manhã me soube lindamente.
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Na chegada tínhamos uns chinelos à nossa espera |
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O Pequeno almoço no Ryokan |
Em Miyajima fizemos também um passeio pela montanha, que nos proporcionou uma vista incrível sobre o rio, lagos e mar, sobre Hiroshima e as montanhas que a rodeiam.
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Pequenos templos no caminho |
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Lover's sanctuary, uma pequena sala com uma chama acesa há 1200 sem parar! |
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Vista incrivel do topo da montanha |
Regressando a Tóquio por um dia antes de irmos embora do Japão, tivemos ainda oportunidade de comer um grande Sushi de despedida, e ficámos a dormir no 31º andar de um dos hotéis com a melhor vista da cidade!
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Última viagem de comboio |
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Sushi para a despedida |
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A melhor vista sobre Tóquio |
O Japão foi um país que adorei visitar, por tudo aquilo que representa. A história, a cultura e o desenvolvimento foram o que mais gostei de presenciar. Se tiverem oportunidade, não hesitem em visitar este país magnífico que, apesar de um pouco caro, é acessível a qualquer pessoa, quer tenha 6 ou 90 anos.
Gostei muito também de neste curto período da minha viagem ser acompanhado pela minha Mãe, uma coisa que não estava planeada mas que acabou por ser um óptimo upgrade!
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