ZIMBABWE
Este post é só acerca de Victoria Falls no Zimbabwe, o próximo post vai ser do resto do Zimbabwe misturado com o próximo destino que é Moçambique pois todo ele tem uma história.
O Zimbabwe
é conhecido por ser o país do Robert Mugabe. Tem muitos problemas políticos e
financeiros e acho que isso se reflecte nas pessoas. Foi o povo menos simpático
que conheci em África, com a industria do turismo mais agressiva, os preços
mais altos e alguns outros aspectos negativos, mas também outros positivos.
Mal
entrámos no Zimbabwe, fomos em direcção a Victoria Falls, ou Cataratas
Victoria. Trata-se de uma das 3 maiores e mais reconhecidas cataratas do Mundo,
juntamente com Iguaçu e Niagara e são uma das 7 maravilhas Naturais do Planeta.
Era
o último destino com o grupo do Overland Tour. A partir daí estive outra vez
sozinho a viajar, portanto foi altura de me despedir das pessoas com quem
estive nos últimos 21 dias.
As
Cataratas fazem fronteira entre o Zimbabwe e a Zâmbia, mas a Cidade Victoria
Falls, onde estive, fica no lado do Zimbabwe.
É
uma cidade demasiado virada para o Turismo e lida com isso da pior maneira: não
consegui dar um passo na rua sem ser abordado, agarrado, perseguido e
insistentemente chateado por mil vendedores de todo o tipo de produtos: artes
tradicionais, programas turísticos, notas de 1 bilião da moeda deles (deixou de
existir, agora usam o US Dollar) ou o que quer que fosse. Foi um pesadelo andar
na rua, almoçar, etc. Mas acabou também por dar muito jeito, porque joguei com
isso e fui negociar os preços das actividades que queria fazer e das coisas que
queria comprar. Em uma hora, poupei 50€ nos dois programas que marquei e mais
de 40€ em souvenirs.
Os
locais de Victoria Falls são obcecados por roupa de marcas Europeias e
Americanas. Sabendo isso, levei ao mercado de artes tradicionais alguma roupa
velha que tinha e estava estragada
Depois de trocar uma t-shirt com um local por uma pulseira |
Fui
ver as Cataratas de duas maneiras: a pé, o passeio normal, a acompanhar um dos
lados, um passeio com um cenário que parecia um filme! Água a cair por entre
verde das árvores e um arco-iris mesmo no meio das cataratas a fazer valer cada
cêntimo da visita. A quantidade de água que cai das cataratas é de uma
imensidão que só vendo ali dá para perceber. Estamos em época das chuvas, pelo
que a circulação de água é ainda maior que o normal. Em certos sítios, não dava
para estar pois era completamente como se estivesse a chover tal era a
quantidade de água a ressaltar para o topo.
Água a bater em água e a subir 110m - chuva em dia de sol |
A
outra forma de que visitei as Victoria Falls foi pelo ar, de helicóptero. Nunca
tinha andado de helicóptero, e ali era a maneira ideal para me estrear. A vista
do ar é incrível mesmo! Desta forma dá para perceber a imensa dimensão que
aquilo tem, bem como ver os arredores, o rio Zambezi de onde vem toda a água,
onde desagua, etc. Tudo muito bonito, recomendo virem cá.
Vista de longe, a água ressalta para mais de 100m de altura |
O Rio Zambezi, que desagua nas Cataratas Victoria |
A árvore milenar de Victoria Falls (tem 1500 anos) - antes de eu ser expulso pelo segurança |
Além das Cataratas Victoria, a
cidade tem ainda outras duas atracções: uma árvore com 1500 anos e um Lion
Encounter, que é um encontro entre humanos e leões.
Uma empresa da Zâmbia está a
fazer um grande esforço para recuperar a população de leões por toda a África,
que desceu em pouco tempo de centenas de milhares para apenas 32.000 (os meus
amigos sportinguistas que se ponham alerta, podem ter de mudar de mascote).
Como tal, esta empresa criou uma espécie de reserva privada para criar leões,
bem como um centro de encontro entre leões e humanos para sustentar a causa. Este
centro acolhe leões desde o nascimento até aos 18 meses, altura em que são
libertados na selva.
Neste momento, existem no centro
duas leoas, ambas com 17 meses, portanto já em tamanho adulto. Foi neste lugar
que tive (mais) uma experiência inesquecível. Pude conhecer, passear, tocar e
ver de muito perto o animal que poucos têm oportunidade de ver fora de jardins
zoológicos. Embora menos descontraído do que com as chitas, o passeio com os
leões foi incrível. É um animal que mete mesmo muito respeito e os meus
movimentos tiveram que ser sempre muito controlados e limitados para evitar
qualquer risco. Tive que estar sempre atrás deles, com um pau preparado para
lhes apontar (têm medo) caso se virassem para mim, só me podia baixar com um
joelho no chão e sempre com ar confiante, para impor respeito. Ao contrário das
Chitas, os leões não deixam que ninguém se aproxime demasiado deles a não ser
um superior hierárquico, que é como vêm os seus tratadores.
Para sempre, aos meus filhos e
netos, vou poder dizer que estive a passear e a brincar com leões!
Peço desde já desculpa pela quantidade de fotografias, mas não resisti pôr quase tantas quanto tirei durante o dia!
Em terra de Leões é importante mostrar que quem manda é a Águia, notou-se muito respeito! |
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